Recusa na contratação do jogador por empréstimo no início do ano deflagrou processo de fim de vínculo com o destaque das categorias de base
Ex-jogador das categorias de base do Juventude, o meia Pedro Arthur, 20 anos, ficou cinco temporadas no Flamengo e nesta segunda-feira (31) embarcou para o exterior, onde vai negociar com um clube de Portugal, ainda não divulgado. No entanto, o Juventude não receberá valores sobre a transferência.
O primeiro contrato de formação dele com o Juventude foi firmado no final de 2017. No ano seguinte, ele assinou o primeiro contrato profissional, quando completou 16 anos. Na época, o Flamengo negociou o jogador com o Juventude, com o pagamento de um valor de R$ 600 mil, em troca de 65% dos direitos econômicos, mantendo por fim 25% para o alviverde e 10% para o jogador.
No início de 2022, o Flamengo tentou emprestar Pedro Arthur para o Juventude, com o intuito de dar ritmo de jogo e valorização ao atleta nas competições profissionais. Essa recolocação garantiria a opção de renovação do contrato firmado em 2018, que naquele momento exigia decisão quanto à renovação ou não, já que encerraria exatamente na data desta segunda-feira (31).
A direção alviverde entendeu que o atleta ainda não está pronto para jogar no time profissional e para a base o salário dele seria inviável.
Como o Juventude não teve interesse em trazer Pedro Arthur para compor o elenco, ainda no mês de abril, ele optou por não renovar o contrato com o Flamengo, onde - sem a experiência na Série A de 2022 - já sabia que teria que esperar por mais tempo para receber oportunidades no time principal e a proposta de renovação seria por valores considerados mais baixo. Desta forma, ele decidiu por jogar profissionalmente já agora fora do Brasil e o vínculo dele está oficialmente encerrado com os dois clubes.
Como consequência, o Juventude perde os direitos econômicos sobre o atleta e fica apenas com o proporcional de oito meses de formação sobre o “mecanismo de solidariedade”, o que representa algo que sequer chega a 0,5% do total de vendas internacionais futuras, que nem é o caso da negociação atual.