Alviverde receberá mais de R$ 20 milhões mês que vem; Se o desempenho for bom, cotas podem chegar a R$ 50 milhões

O Juventude confirmou o acerto com o grupo Globo para as transmissões dos jogos na Série A do Campeonato Brasileiro, tanto em TV aberta quanto no sistema de pay per view. Os valores da negociação não foram revelados oficialmente, mas o modelo segue o dos demais clubes, com 40-30-30, um modelo que já se repete há três anos, que copia os moldes do futebol europeu.

Os 40% divididos igualmente entre os clubes geram em torno de R$ 20 milhões para cada clube e serão pagos pela emissora no mês de maio.

Os 30% correspondem ao número de jogos transmitidos em TV aberta. No ano passado, os clubes do Nordeste, que são considerados pela TV do porte do Juventude, ganharam R$ 1 milhão, em média, por jogo transmitido na TV aberta. No entanto, o número de partidas transmitidas é baixo. No caso do Fortaleza-CE, foram apenas quatro transmissões, variando entre seis e no máximo sete para os demais de mesmo apelo comercial.

Os 30% finais dependem do desempenho em campo. Se o Juventude for rebaixado, não recebe nada. Mas se figurar na zona de classificação para a Sul-Americana, por exemplo, pode faturar entre R$ 11 milhões e R$ 15 milhões adicionais.

No pay per view, o valor repassado ao Juventude depende exclusivamente da venda de assinaturas para os torcedores do clube.

Já para a TV fechada, o Juventude tem contrato prévio com a Turner, empresa norte-americana que transmite jogos nos canais TNT. O modelo é 50-25-25. Ou seja, 50% do valor total é dividido integralmente entre os clubes. No ano passado, o valor chegou a R$ 18 milhões para cada um. Os outros 25% são proporcionais à audiência gerada pelo cube em seus jogos. Os 25% finais são de acordo com o desempenho. Em 2020, a Turner só começou os pagamentos em setembro e finalizou após o término da competição.

CERTIFICADO DE FORMADOR RENOVADO

Após um atraso na análise de relatórios, o Juventude teve aprovada a renovação do certificado de “Entidade de Prática Desportiva Formadora de Atleta”. O documento divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) tem validade de um ano.

O Certificado é uma ferramenta da CBF baseada na Lei Pelé, que tem como objetivo garantir os direitos trabalhistas dos atletas de base e qualificar o processo de formação e desenvolvimento dos jovens. Para o clube, o certificado garante que atletas entre 14 e 16 anos só possam sair perante indenização, além disso, o documento assegura porcentagens em futuras vendas.

Ao todo, 26 clubes receberam o certificado, sendo 15 da Série A. No Rio Grande do Sul, além do Juventude, apenas Grêmio e Inter foram reconhecidos como clubes formadores.